CERÂMICA GREGA
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A cerâmica grega é um presente da arte clássica que sobreviveu até aos dias de hoje. Felizmente, preservámos muitas peças, algumas em perfeito estado, e só o museu arqueológico de Atenas tem mais de 20.000 delas!
Ao longo deste artigo podes ver os diferentes estilos, os motivos decorativos que eles usaram e muitas curiosidades.
E se estás apaixonado por estas peças de cerâmica grega clássica e gostarias de ter uma em tua casa, é possível! Felizmente, há artesãos que replicam os estilos e peças desta forma de arte de forma surpreendente, mantendo a tradição viva. Nós mostramos-te algumas das suas obras.
ORIGENS DA CERÂMICA GREGA
A cerâmica grega é tão antiga como os primeiros habitantes da zona. Os historiadores afirmam que já há 5.000 anos atrás eles usavam a roda do oleiro, que foi introduzida a partir da Ásia. No segundo milénio a.C. um certo estilo comum já é conhecido no que é hoje a Grécia, que evoluiu com o tempo, e explicaremos abaixo as diferentes formas que tomou.
Esta arte helenística é um dos estilos de cerâmica mais conhecidos de todos os tempos. De facto o termo olaria vem da Latinização da palavra grega Kerameikos, que era uma área à volta de uma praça em Atenas, conhecida como a dos Kerameis ou oleiros, este nome vem da palavra kéramos, que significa barro ou barro de olaria.
Dos tipos de cerâmica existentes, esta área de arte tem feito parte da sua história desde o século VI AC. Os artesãos da região de Atenas produziram belas obras que ainda são visíveis em muitas colecções privadas em todo o mundo.
As peças mais antigas consistiam na verdade em pequenos vasos e vasos de barro pintados de vermelho para representar o sol. As cores mudaram ligeiramente ao longo dos séculos para dar lugar a um vidrado e outros pigmentos mais duráveis.
A cerâmica continuou a melhorar na Grécia ao longo dos séculos e foi usada para decorar templos, casas e túmulos. De facto, o uso da cerâmica em casa acabou por assumir uma vida própria e foi adoptada por muitas culturas como forma própria de design de interiores. Os gregos usaram este material em muitos dos seus edifícios, incluindo arte de parede, louça de mesa, vasos, ânforas e tigelas.
Os antigos artesãos gregos usavam a arte do barro como meio de auto-expressão, criando obras-primas únicas que eram populares entre o público em geral e ajudavam a cimentar o poder do oleiro na comunidade grega. Algumas das suas peças tinham desenhos que representavam cenas de divindades ou outras figuras religiosas. Outras continham simplesmente símbolos usados para representar coisas como rácios, números, animais e formas geométricas, como no caso do estilo chamado, por causa disso, geométrico. Este estilo era usado em outras formas de arte grega, como a arquitectura. Arquitraves, colunas, dedicatórias, placas, pinturas de parede e esculturas continham frequentemente um estilo geométrico, geralmente sob a forma de linhas rectas, ângulos e repetições.
Peça datada de 625 a.C., terracota.
TIPOS DE CERÂMICA GREGA ANTIGA
Sendo uma das formas de arte mais famosas do mundo, os vários tipos de cerâmica grega são muito apreciados. Foram produzidos entre o século X a.C. e o século I d.C. e formam uma parte importante de toda a arte clássica. A.C. até ao século I d.C. e formam uma parte importante de toda a arte clássica. No início nasceram com um propósito mais funcional, mas com o tempo a cerâmica tornou-se uma forma de arte mais decorativa.
Assim, a arte cerâmica, cada vez mais procurada, ajudou a economia da Grécia antiga a florescer.
Os mestres da cerâmica grega desenvolveram estilos diferentes durante o período helenístico, mas é de notar que muitos deles tinham temas comuns, tais como animais, formas humanas e padrões florais.
Os tipos de cerâmica grega mais conhecidos são os estilos Minoan e Mycenaean, durante este último já não era simplesmente a criação de peças usadas para cozinhar, era também usada para decorar casas.
Depois vieram os estilos proto-geométricos e geométricos, cujos motivos decorativos lhes deram esse nome. Mais tarde surgiram os tipos conhecidos como preto-figura e vermelho-figura.
Descobre as suas diferenças e as suas belas características.
CERÂMICA GREGA AO ESTILO MINOAN
Quando pensamos na cerâmica grega, imaginamos muitas vezes vasos de terracota vermelhos e pretos. No entanto, os gregos também experimentaram outras cores e estilos, como o demonstram as peças da época. Este estilo desenvolveu-se na ilha de Creta por volta de 3000 a.C. e caracteriza-se por desenhos e cores impressionantes. Muitas vezes retratam cenas da vida quotidiana ou motivos geométricos. As formas dos vasos eram por vezes muito diferentes das que estamos habituados, com uma grande variedade de formas e tamanhos, incluindo taças, vasos e jarras com pegas em forma de animais ou de pessoas.
Dentro deste período podemos distinguir o Minoano Antigo (até 2000 AC) e o Minoano Médio, também chamado Kamares, este último empregando técnicas mais avançadas.
Jarra feita à mão e pintada à mão ao estilo original Minoan. Feito à mão por Aghios Nicolaos da Greekartshop.
ESTILO MICÉNICO
Desenvolvido na Grécia Continental por volta de 1600 AC, era uma continuação do estilo minóico. No entanto, caracteriza-se pelos seus desenhos mais sóbrios e monocromáticos, muitas vezes retratando cenas de batalha ou animais de caça. As formas dos vasos eram mais simples, embora com uma grande variedade de tamanhos.
ESTILO SUBMICÉNICO
É considerado um estilo de transição que teve lugar entre 1100 e 900 AC e combina elementos do estilo micénico com influências do Médio Oriente. Os vasos deste estilo são caracterizados por desenhos geométricos intrincados e pelo uso de esmaltes e cores brilhantes. As formas usadas são algo mais refinadas do que no estilo micénico.
ESTILOS DE MOTIVOS GEOMÉTRICOS
Peça de cerâmica grega protogeométrica
Aqui referimo-nos mais precisamente a três estilos: o estilo proto-geométrico originário de cerca de 1050 AC, o estilo geométrico de 900 AC e o estilo geométrico arcaico ou tardio de 750 AC.
Originários de Atenas, típicos deste tipo de olaria eram ânforas, vasos, vasos e peças diferentes nas quais se utilizavam motivos triangulares, zig-zag e diamantes, formando uma bela moldura que decorava as obras. Como curiosidade, uma figura recorrente neste tipo de cerâmica grega era a suástica. Já A sua origem há mais de sete mil anos na Ásia, bem como a sua descoberta nas culturas pré-colombianas, está a tornar-se cada vez mais conhecida, mas este símbolo originalmente auspicioso permanecerá por muito tempo ligado aos terríveis acontecimentos da segunda metade do século XX.
Este estilo também é conhecido como cerâmica Attica, que é o nome de uma área periférica no sul da Grécia.
A partir da chamada Idade das Trevas (aproximadamente entre o século XII a.C. e o século VIII a.C.), a criação de peças (sobretudo vasos) criadas em Atenas com um estilo mais diferenciado foi chamada geométrica.
CERÂMICA GREGA ORIENTALIZANTE
Um simples prato de cerâmica orientalizante de Rodes com a borda cortada como a borda de um escudo. Circa 600 AC. Museu de Belas Artes, Boston.
Este tipo de cerâmica durou desde o final do século VIII a.C. até ao final do século VII a.C., depois do estilo geométrico.
Os motivos geométricos eram cada vez menos utilizados, abandonando os desenhos mais detalhados e intrincados anteriormente utilizados. Isto deveu-se ao comércio com outros povos, como os Sírios e Egípcios, e à sua influência artística. Esta mudança foi também motivada pela reacção ao novo estilo do povo do Chipre, que possuía a mais avançada tecnologia de cerâmica da altura. Por outro lado, tem havido um debate interminável sobre até que ponto a arte celta influenciou a antiga olaria grega. É geralmente aceite que as duas culturas tomaram emprestados alguns aspectos dos estilos um do outro.
Independentemente da sua origem, o que é característico deste estilo cerâmico grego é que ele começou a incluir ícones e representações diversas para além da geometria. Estas representações tomam a forma dos deuses e outros elementos e criaturas da rica mitologia grega, tais como o grifo (leão com bico de águia, asas e orelhas de coelho), a górgona (mulher também com asas e presas de javali), quimeras, etc.
Outro desenvolvimento notável nos padrões decorativos da cerâmica grega foi a introdução da monocromia nos estilos cerâmicos. Ao contrário das formas não pintadas e não polidas, a cerâmica monocromática começou a usar tons de cinza para produzir um efeito altamente único. Ao combinar o uso de cores diferentes com as habilidades artísticas desenvolvidas pelos artistas de cerâmica da época, esta técnica tornou-se um factor importante em quase todos os tipos de cerâmica grega (inovações ainda maiores viriam mais tarde, como a introdução de produtos de cerâmica opaca e transparente).
CERÂMICA DE FIGURAS NEGRAS
Sabias que os números sobre a cerâmica grega eram na sua maioria negros? Isto pode parecer-te estranho, mas eram, estas formas negras que vemos nos vasos de cerâmica foram criadas por artistas que viviam durante os primeiros períodos da cultura helenística. Estas figuras negras foram criadas como pinturas abstractas em copos de cerâmica, taças e outras peças semelhantes. As primeiras figuras da arte helenística tinham uma semelhança impressionante com as antigas estátuas egípcias e babilónicas, apesar de serem de épocas diferentes.
Os artistas usaram a sua imaginação para criar retratos de deuses e semideuses. Este tipo de peça apareceu no século VI a.C., atingindo o seu auge de esplendor no século V a.C. O uso do preto em vasos gregos continuou durante todo o período helenístico até à queda do Império Romano no século III a.C. Nesta altura, o desenvolvimento das habilidades metalúrgicas na Europa começou a dar lugar à produção de metais para usos como o armamento.
Esta tonalidade negra foi o resultado da mistura de cobre e estanho. O estanho era usado porque podia ser facilmente derretido. O cobre, por outro lado, foi usado porque era extremamente maleável.
Este tipo de cerâmica de figuras negras, muitas vezes retratando divindades do panteão grego, encontra-se frequentemente na arte micénica na Idade do Bronze Final.
Duas imagens com duas caras de uma ânfora grega de cerca de 550-500 AC. Uma peça de figuras negras do final da era Arcaica da Grécia Antiga.
CERÂMICA GREGA DE FIGURAS VERMELHAS
A cerâmica de figuras vermelhas refere-se ao estilo do período antigo ou arcaico, onde a figura é pintada de vermelho sobre um fundo escuro, durando bem dentro do período clássico. Este tipo de pintura é atribuído ao artista Andocis entre 535 e 515 AC e foi mais tarde adoptado por muitos outros.
Vasos, jarras e outras peças com figuras vermelhas foram encontradas em colecções privadas em todo o mundo. Os exemplos de melhor qualidade vêm de Atenas, o site das primeiras obras conhecidas neste estilo. Algumas destas peças de cerâmica foram produzidas para consumo público, e ganharam grande popularidade devido às suas formas e cores atractivas.
O principal objectivo dos oleiros era obter taças feitas de cerâmica de grandes dimensões e outros tipos de vasos, que não se partiriam facilmente, e que seriam mais fáceis de transportar. Pero además, querían conseguir una mejor variedad de colores y formas, para que la gente pudiera elegir entre una amplia gama de opciones. Para realizar esta tarea, adoptaron una amplia gama de técnicas. Por ejemplo, algunos usaron las técnicas de doble horneado, o el “pinch”
Cerâmica de figuras vermelhas pintada pelo artista Deepdene, 470-460 AC. Representando Aquiles a receber armadura feita por Hefesto, o deus da forja e do fogo.
A BELEZA ESPECIAL DA CERÂMICA DE ATENAS
A cerâmica ateniense tem uma longa e rica história que remonta ao período geométrico (séculos IX e VIII a.C.). Nessa altura, caracterizou-se pela sua simplicidade e geometria. Durante o período arcaico (séculos VII a VI a.C.), a cerâmica ateniense tornou-se mais refinada e começou a retratar figuras humanas e animais. Durante o período Clássico (séculos V e IV a.C.), atingiu o seu apogeu.
Na altura, os oleiros atenienses produziram algumas das mais belas e elaboradas peças de toda a Grécia, e foram reconhecidos como alguns dos melhores e mais respeitados na sociedade grega. Eram especialistas no uso de técnicas como o alívio e a incisão, o que lhes permitia criar peças mais elaboradas e detalhadas. As suas ânforas, crateras e vasos eram altamente valorizadas e utilizadas na vida quotidiana, assim como em cerimónias religiosas e eventos sociais.
TIPOS DE VASOS GREGOS
Os vasos eram peças chave da arte e cultura gregas.
Graças às suas decorações, também aprendemos muito sobre a história e mitologia do povo grego.
Um grande número de obras sobreviveu até hoje, algumas em muito bom estado, encontradas em túmulos funerários pois foram usadas como oferendas funerárias para ajudar na vida após a morte.
Embora todos os vasos gregos encontrados hoje em dia não tenham preço, alguns já nasceram como objectos de luxo e foram usados como presentes e troféus nas competições desportivas e artísticas da época.
Os oleiros trabalharam com técnicas que tinham sido aperfeiçoadas ao longo de séculos de tradição, criando obras de diferentes formas, usos e decorações. Explicamos alguns dos tipos de peças mais importantes:
Ânforas:
A ânfora grega era um tipo de vaso grande usado para armazenar líquidos como óleo, vinho ou água. Tinha uma forma estilizada, com uma base larga e um corpo alto e oval que se afinava no pescoço.
A decoração em ânforas tinha uma função educativa e narrativa, retratando cenas da mitologia grega e da história, tais como a Guerra de Tróia ou a expedição dos Argonautas. Os oleiros usavam frequentemente a técnica do relevo para criar diferentes figuras e motivos na superfície.
Reprodução feita pela Greekartgallery Shop da ânfora pintada por Exiquias representando Aquiles a matar a rainha amazónica Penthesilea (Original no Museu de Londres).
Cratera:
Era um grande recipiente usado para misturar vinho e água em simpósios ou banquetes. Tinha duas pegas verticais e ficava sobre um pé largo. Tinha uma abertura no topo para permitir a entrada de líquidos. As crateras eram frequentemente decoradas com cenas de banquete, música festiva e motivos de dança, incluindo figuras de animais.
Crateras de sinos:
Semelhante às crateras normais, mas com uma base mais larga e um corpo mais baixo. Eram usadas para misturar vinho e água, e eram frequentemente decoradas com cenas de batalha ou desporto.
Cratera feita à mão por Greek Art Shop
Kílix:
Era um tipo de taça usada para beber vinho. Tinha um pé alto e um corpo largo com duas pegas nas laterais.
Hydria:
Era um jarro grande, por vezes com três pegas, usado para carregar e deitar água. A forma das três pegas permitia que o peso da água fosse distribuído uniformemente, tornando-o fácil de transportar.
Lebes:
O lebes era um recipiente usado para segurar água ou para misturar vinho e água em cerimónias religiosas. Tinha uma base larga para lhe dar estabilidade. Era frequentemente decorado com cenas de procissões, oferendas e outros motivos religiosos.
COMPRAR CERÂMICAS GREGAS
Sabias que podes comprar estas obras impressionantes?
Não, não a preços de coleccionador, como no caso de uma peça original, a maior parte da qual, além disso, não pode logicamente sair de um museu.
Há artesãos que fazem réplicas exactas das peças mais famosas. Por isso podes comprar reproduções arqueológicas de cerâmica grega arcaica. Os seus vasos retratam as personagens que foram retratadas na altura, os heróis e deuses dos gregos.
Estes artistas são da Grécia e replicam as obras do período helenístico usando as mesmas técnicas de cerâmica aplicadas pelos seus antecessores, mantendo assim viva a tradição.
As peças de cerâmica que podes comprar são únicas, feitas à mão e o artesão explica no seu website o significado do que elas representam e quem representam. Algumas delas podem ser personalizadas por encomenda.
Parece-nos uma bela forma de manter a arte da antiga cerâmica grega, uma das mais famosas e valorizadas actualmente, e também de a tornar acessível ao público.
GALERIA
Podes ver abaixo algumas obras magníficas da Divine Greek Art
Estas outras peças artesanais abaixo são da Greek Art Shop
Como resumo, aqui estão algumas das perguntas mais frequentes:
Como é que faziam cerâmica na Grécia antiga?
Primeiro, o barro foi amassado para o preparar e remover o ar. Depois foi modelada, também com a roda do oleiro, que já tinha chegado do Oriente. Depois foi deixada a secar ao sol antes de ser queimada num forno a altas temperaturas. Uma vez disparada, era decorada com tinta e depois disparada de novo para fixar a decoração. Isto é como era simples (ou complicado) fazer esta cerâmica.
O que foi retratado nos vasos gregos?
Desde cenas mitológicas e quotidianas a padrões geométricos e florais. As representações na cerâmica eram uma forma de contar histórias e transmitir mensagens, tais como a importância da virtude ou da vitória na guerra. Por vezes a mensagem era especialmente importante uma vez que eram usadas em cerimónias religiosas para além do seu uso funcional – cada pote tinha a sua própria história para contar!
Que cores usavam os gregos na sua cerâmica?
Usaram uma vasta gama de cores para decorar as suas peças, desde o vermelho e preto clássico até tons mais vibrantes como o branco, amarelo, laranja e azul. As cores foram aplicadas à peça e disparadas a altas temperaturas para as fixar na cerâmica. A escolha das cores dependia do período, estilo e propósito da peça, os tons mais conhecidos hoje em dia são aqueles que facilmente associamos a figuras vermelhas e pretas.
Como é que conseguiram estas cores na sua cerâmica?
Por vezes usa-se pigmentos naturais aplicados com água. Por outro lado, o uso de slip era a forma mais comum de decorar as peças. A cor era fixada à cerâmica, disparando num forno a altas temperaturas, o que fazia com que os pigmentos se fundissem com a argila. A cor vermelha característica das peças gregas foi conseguida adicionando óxido de ferro à argila, enquanto que a cor preta foi obtida disparando num ambiente sem oxigénio. Os gregos também utilizaram técnicas de camadas e diluição para criar sombras e efeitos texturados nas suas peças.
Que tipos de cerâmica grega existem?
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