Argila de polímero

 

A argila de polímero é um elemento cada vez mais utilizado, muito versátil e resistente. É muito acessível para se trabalhar em casa e fazer artesanato.

Faz parte de inúmeros acessórios e acessórios, assim como de pequenas esculturas, e está a tornar-se cada vez mais popular.

Neste guia completo poderás esclarecer todas as tuas dúvidas sobre as diferenças entre a argila polimérica e os inúmeros outros materiais que vemos na Internet. Aprenderás sobre as principais marcas, falaremos sobre a cozedura e terás os conselhos necessários para começar com esta argila mágica e evitar erros que muitas vezes são cometidos no início.

Não percas a surpreendente exibição dos resultados fascinantes alcançados com esta argila sintética no final do guia.

argila-polimerica

O QUE É A ARGILA DE POLÍMERO?

 

É um material de modelação à base de PVC. Também é chamado de argila polimérica, argila para moldagem, plástico moldável, Fimo, ou plasticina para cozer, pois assemelha-se à plasticina, embora não seja cozida, é claro.

É amplamente utilizado para modelar figuras artísticas e outros artesanatos. Não é muito útil na indústria ou na construção. No entanto, o artesanato com argila polimérica está a tornar-se cada vez mais popular.

Este composto não é de facto muito semelhante ao barro, uma vez que não tem componentes minerais ou orgânicos como o barro pode ter.

Além disso, não tem de ser queimado às temperaturas exigidas pela maioria das argilas (frequentemente mais de 1000º), nem precisa de um forno com características diferentes de um forno doméstico, uma vez que é queimado a uma temperatura cerca de 10 vezes mais baixa do que a por vezes exigida para a cerâmica. No entanto, o facto de necessitar de ser queimado ganhou-lhe coloquialmente o nome de “argila”.

É um material não tóxico, seguro para trabalhar, contudo, não é recomendado para utilização na criação de objectos destinados à alimentação. Obviamente, é necessário tomar as precauções necessárias quando é utilizado por crianças. Em qualquer caso, não devemos esquecer que se trata de um produto feito de PVC.

Não é aconselhável cozê-la directamente no mesmo tabuleiro que vai ser usado para aquecer a pizza, a melhor coisa a fazer é cobrir o tabuleiro com algo como folha de alumínio. Lavar as mãos após manuseá-la, e em geral, não utilizar utensílios destinados a trabalhar com barro com alimentos.

Tens no nosso blog outro artigo específico sobre modelagem de argila de polímero. Nele explicamos tudo o que precisas para esta tarefa e damos-te os conselhos de que precisas para tirares o melhor partido dela, e também falamos das ferramentas que são utilizadas.

É vendido em muitas cores e diferentes pastas podem ser combinadas umas com as outras, criando belos efeitos. Esta é uma das suas vantagens.

Se quisermos pintá-lo, também o podemos fazer, há muitas formas de o fazer e dependerá de o pintarmos antes ou depois de dispararmos. Existem diferentes pigmentos e materiais adequados nas lojas, o mais comum é a utilização de tinta acrílica.

FIMO: A HISTÓRIA DESTA PASTA

 

A argila polímera nasceu como um candidato para substituir a baquelite, que era um plástico concebido para fins industriais mas que tinha o inconveniente da sua inflamabilidade. No entanto, o novo material (que hoje seria a famosa pasta Fimo) foi descartado como substituto, uma vez que não era muito adequado para o uso requerido.

Foi um fabricante alemão de bonecas na década de 1930 que, depois de tentar utilizá-la na indústria, acabou por dá-la à sua filha Fifi para brincar, uma vez que era completamente segura.

Observou que, como qualquer criança, o que fez foi modelá-lo para fazer figuras (hoje em dia temos inúmeros exemplos de materiais descartados para um fim que tiveram sucesso para outras aplicações, tais como “notas post-it”, que utilizam um adesivo “mau”).

Depois de descobrir esta nova utilidade e uma “segunda vida” para o polímero, a fórmula foi vendida.

Del nombre de esta niña Fifi y del uso para modelar (MOdeling) con el que se empezó a comercializar, nos llega el nombre de una de las más conocidas arcillas poliméricas: la pasta FIMO.

Actualmente este material é muitas vezes conhecido coloquialmente como Fimo, (como é o caso das notas Post-it que mencionámos anteriormente, ou Kleenex).

COMO ASSAR ARGILA POLIMÉRICA

 

forno

QUAL O FORNO A UTILIZAR

 

Podes usar um forno convencional, desde que, muito importante, tenhas a capacidade de controlar a temperatura com precisão.

A grande vantagem: Já tens o forno!

E apenas três questões a ter em conta:

  • Pode ser mais caro do que desejável assar uma pequena peça, a menos que tenhas várias peças para assar ao mesmo tempo.
  • Se o forno for grande, pode ter zonas de diferentes temperaturas em relação umas às outras.
  • Dependendo da hora do dia, poderá ter de escolher entre queimar o seu precioso trabalho de argila polimérica ou aquecer a sua lasanha.

 

Algumas pessoas mantêm um extra destes pequenos fornos de convecção (aquecidos por ar) ou outros mais antigos com um elemento de aquecimento no topo; o que é uma opção muito boa para ter um forno “dedicado” para queimar este material se trabalhar com ele regularmente.

No entanto, a maioria dos fornos mais antigos não permite que a temperatura seja regulada com precisão, pelo que se deve ter cautela. Além disso, deve ter-se em conta que muitos fornos não fornecem uma temperatura constante em toda a área, e partes da peça podem estar demasiado próximas do elemento de aquecimento.

Também não mantêm uma temperatura constante durante todo o tempo de cozedura; o seu sistema termostático significa que existe uma grande diferença entre a temperatura a que a corrente eléctrica entra e a temperatura a que esta pára.

Estes altos e baixos de calor podem levar a um resultado menos que desejável.

SEGURANÇA DA SUA ASSADURA

 

A argila polimérica não produz fumos tóxicos quando disparada à temperatura recomendada. Se exposto a temperaturas superiores a 170°C, pode libertar fumos irritantes de cloreto de hidrogénio. Se isto ocorrer, será desagradável respirar, não é excessivamente tóxico, mas deve ser ventilado.

A queima deste material, sob as condições recomendadas, não deixa resíduos no forno. Neste artigo abrangente (“sorry”, está em inglês, mas hoje em dia tudo pode ser traduzido em linha) analisam em profundidade a questão da segurança da queima, e os testes realizados neste composto.

Assar ou curar este material às temperaturas recomendadas é seguro, mas algumas pessoas notam um certo odor durante a cozedura. Algumas pessoas até o acham desagradável. Bem, pela mesma razão que há pessoas que não gostam de um certo perfume e podem até ter uma dor de cabeça devido a um cheiro que outros acham muito agradável.

Para evitar que isto aconteça, podes cobrir as peças, por exemplo, com um saco de cozedura.

A melhor maneira de cozer argila polimérica é seguir de muito perto as instruções do fabricante.

A QUE TEMPERATURA DEVE SER ASSADA A ARGILA DE POLÍMERO?

 

É claro que não há temperatura definida para todos os tipos de todos os fabricantes no mercado. As temperaturas podem variar entre 110º (alguns tipos de FIMO) e 140º.

Duas indicações importantes:

  • Primeiro: Segue as instruções do fabricante para o tipo particular de pasta utilizada.
  • Segundo: Isto deve ser deixado para trás se tivermos seguido o primeiro, NÃO ultrapassar os 170º.

Controlar a temperatura é muito importante, já se falou em ter um bom sistema de selecção de temperatura. Como terá de confiar no que o forno diz, Um bom truque é usar um termómetro de forno. separado, desta forma poderás tomar o pulso da temperatura real que o teu forno “diz” que tem, e poderás controlar o tempo que leva a aquecer até essa temperatura e o tempo que leva a arrefecer. Como dissemos, a desvantagem dos fornos eléctricos são os altos e baixos de temperatura entre desligá-los e ligá-los.

A temperatura de assadura da argila polimérica deve ser a especificada pelo fabricante. Muitos fabricantes concordam com o limite superior de 170° (por exemplo, Sculpey Premo, Kato Polyclay).

TEMPO DE ASSADURA

 

Dependerá também do tipo de material utilizado. Continuamos a insistir em seguir as instruções do fabricante. Aconselhamos, contudo, a ter em conta as variáveis da temperatura real do forno, como mencionámos anteriormente, e também a espessura da peça, os tempos variam normalmente entre 15 e 35 minutos, com uma média de 30 minutos. Acontece que para peças com uma espessura inferior a 6 mm, algumas marcas como, por exemplo, Sculpey PREMO, indicam que 15 minutos são suficientes.

Contudo, como confiança, muitos artistas deixam o barro cozer durante mais tempo do que o indicado (mesmo o dobro ou o triplo do tempo!), mas não há muitas directrizes sobre isto, apenas a experiência te dará o tempo que gostas para as peças.

Se não ultrapassares a temperatura recomendada, não há risco de arder, mas se ultrapassares a temperatura recomendada, o que pode acontecer é que as peças possam escurecer ou perder a cor. Então porquê correr o risco de as deixar por mais tempo?

Muitos artesãos queixam-se que, depois de tirarem a peça do forno após o tempo recomendado, ela ainda está mal cozinhada e partes dela podem até desmoronar-se (também seria necessário conhecer a temperatura real desses fornos). Por isso eles deixam-nos mais tempo e vêem que o resultado final é muito mais duro e resistente.

Há um “ainda mais difícil”, que é saber assar as peças que fazemos quando misturamos argilas diferentes de diferentes marcas, seja por razões estéticas ou simplesmente para as reciclar.

A decisão pode ser, como muitos fazem, de tomar a mais alta de todas as temperaturas indicadas pelas diferentes marcas na sua mistura, mesmo assim ainda tem uma “margem de segurança” e não há perigo de queimadura.

 

Bola de barro polimérico

MARCAS E TIPOS DE ARGILA DE POLÍMERO

 

Esta parte pode ser de ajuda especial sobretudo se estás a pensar em começar a trabalhar com este material para fazeres as tuas próprias figuras, mas ainda não sabes com qual delas começar. Vamos falar sobre os diferentes tipos de materiais e as suas diferenças, de modo a que fiques claro sobre qual deles é qual, e depois vamos dar-te uma visão geral sobre as principais marcas.

CLARIFICANDO ALGUMAS DIFERENÇAS

 

Existem diferentes tipos e marcas, mas não tantos como se acredita popularmente, ou seja, são confundidos com outros tipos de materiais e parecem ser todos iguais. Embora sejam frequentemente agrupados como “argilas para modelar”, a característica que define uma argila de polímero é que é um material sintético que tem de ser queimado num forno.

DIFERENÇA ENTRE ARGILA E ARGILA DE POLÍMERO

 

Bem, a diferença é que, embora partilhem o termo “barro”, o primeiro é aquilo a que chamamos lama, ou seja, um material de origem natural e o segundo é de origem artificial. Para além da sua origem industrial, é feita a partir de uma base de policloreto de vinilo (PVC). Por outras palavras, é uma massa de origem plástica, contendo polímeros, corantes, resinas e agentes de volume, daí o termo polimérico. Por outro lado, é verdade que têm em comum o facto de se tratar de uma massa de argila para assar.

DIFERENÇA ENTRE A ARGILA DE POLÍMERO E A PORCELANA FRIA

 

Aqui diferem, por um lado, na composição, já que a chamada porcelana fria é uma preparação, muitas vezes de origem caseira, de amido de milho, cola de vinil e outros ingredientes (mais uma vez há outro mal-entendido com este nome já que também não é porcelana, não é cerâmica).

Por outro lado, a porcelana fria não precisa de ser queimada.

forno

OUTROS MATERIAIS

 

Também está associado a outros tipos de materiais como plasticina, e vemo-lo na Internet de forma intercambiável com as palavras argila flexível, argila para modelar, massa para esculpir, argila de polímero não cozido, etc.

Nem deve ser confundido com o que se chama argila seca ao ar, são materiais diferentes, a sua composição é diferente e este último, como o seu nome sugere, não precisa de ser despedido. Se quiseres saber mais sobre este outro material, temos um guia completo que explica tudo o que precisas de saber sobre a massa seca ao ar.

Em muitas ocasiões, aqueles que começam a ser modelos e procuram uma escolha de material, encontram muita confusão neste uso indeterminado de muitos termos diferentes.

COMO PODEMOS SER CLAROS SOBRE ISTO? Digamos apenas que é um material sintético à base de PVC, que precisa de ser cozido no forno para endurecer.

ARGILA DE POLÍMERO LÍQUIDA

 

Começou nos anos 90, por isso é relativamente novo. Está também disponível nos principais fabricantes e está também disponível em cores e translúcido. O preço é mais elevado.

Apesar de ser líquida, também é assada.

É usado como adesivo ou para amolecer a argila normal, para amolecer e torná-la mais modelável, também para dar camadas transparentes.

É mais complicado trabalhar com ele devido ao seu estado líquido, mas uma vez dominado, podem ser alcançados resultados espectaculares.

MARCAS PRINCIPAIS

 

As marcas de argila polimérica com maior presença no mercado são talvez, entre outras: Kato Polyclay, FIMO, Cernit e Sculpey, embora existam muitas mais, tais como Du-Kit ou Pardo.

Kato Polyclay:

Tem a reputação de ser uma marca cujo resultado final, uma vez curado o barro no forno, é flexível e de boa força.

FIMO:

É a marca alemã de que falámos antes, desenvolvida nos anos 30. Embora não tenhamos mencionado que só nos anos 60 é que foi com a venda da fórmula que esta marca nasceu realmente. Dentro dela vais encontrar: FIMO Classic, FIMO effect, FIMO Kids, FIMO Soft, FIMO professional. Pertence ao Staedtler.

Cernit:

Este fabricante destaca-se por usar cores muito apropriadas para trabalhar com figuras humanas.

Sculpey:

Tem uma grande variedade de produtos cujas diferenças residem na facilidade e suavidade de moldagem e nas suas características após a cozedura.

A composição de cada tipo muda de uma marca para outra, mesmo dentro da mesma marca existe uma grande variedade de produtos, com diferentes possibilidades de modelação e propriedades.

forno

O QUE FAZER COM A ARGILA POLIMÉRICA

 

É um material muito resistente, por isso é muito usado em bijutaria e para fazer todo o tipo de ornamentos, pingentes e missangas. O número infinito de misturas de cores que se podem conseguir com esta pasta é perfeito para acessórios bonitos e apelativos. Em anéis eles dão um óptimo resultado.

Também para outros objectos do quotidiano, há muitas ideias para fazer com este barro: canetas decorativas ou clipes de papel, em porta-chaves, ou para molduras fotográficas.

Outras coisas que podem ser feitas são incenso ou queimadores de incenso, cinzeiros, a decoração exterior de copos e chávenas, etc.

 

Brincos:

Eles são um dos elementos mais populares entre todas as coisas que podem ser feitas com esta pasta, por vezes usando cortadores para obter as peças na forma que queremos, por vezes fazendo figuras à mão.

Porque é que é tão popular e tão amplamente utilizado nestes acessórios? Porque para além da sua resistência e possibilidades cromáticas, tem uma vantagem sobre outros materiais, tais como pedras preciosas ou metal, e isso é que pesa muito menos, de modo que o lóbulo da orelha fica grato por ele ao longo do tempo.

O motivo do peso é também um factor quando se trata de escolher um broche, anel ou pendente, especialmente hoje em dia quando acessórios mais vanguardistas e casuais estão na moda.

Temos mais posts onde podes ver exemplos, ideias e descobrir como fazer brincos de argila polimérica.

Esculturas:

Aqui estão alguns exemplos das coisas bonitas que podem ser feitas com este material.

É muito versátil e pode ser usado para criar qualquer coisa, desde artesanato inicial a pequenas obras de arte, o tamanho é limitado pelo forno, claro, por isso não permite grandes formatos.

Abaixo está um exemplo do trabalho de Patrizia Cozzo, um belo trabalho!

Podes ver mais obras e aprender os passos para fazeres as tuas primeiras esculturas na nossa publicação sobre figuras de argila polimérica.

Aqui estão algumas das perguntas mais frequentes como resumo:

O que é a argila de polímero e para que é usada?

É uma pasta sintética feita de PVC e outros aditivos.
É usado para modelar e pode ser usado para criar todo o tipo de figuras decorativas ou peças funcionais.
É relativamente leve.
Tem de ser disparado no forno, embora a temperaturas muito mais baixas do que a cerâmica.

O que é necessário para trabalhar com argila polimérica?

Área de superfície adequada.
Ferramentas para cortar e moldar (vê o nosso artigo sobre como moldar).
Se a peça precisar dela, elementos para fazer uma estrutura base.
Forno caseiro, não precisas de um forno a altas temperaturas.

Como se queima a argila polimérica?

Um forno artesanal serve. Se também o vamos usar para comida, tomaremos algumas precauções adicionais (falamos sobre isto em detalhe no nosso guia).
A temperatura, dependendo do tipo de massa, será de cerca de 110-140ºC. NÃO ultrapassar os 170ºC.
Segue sempre as instruções do fabricante sobre o tempo e temperatura exactos.
É muito útil ter um termómetro de forno para este fim.

Quanto tempo é que a argila polimérica tem de ser queimada?

Tem 3 coisas em mente: as instruções do fabricante, mas também a espessura da peça e a temperatura exacta do teu forno. A mais comum é de 30 minutos.
Se passarmos demasiado tempo, a peça pode escurecer ou perder a cor.
Se tivermos marcas e tipos mistos, mantém o tempo mais longo de todos.

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